Os Imigrantes Americanos no Brasil

 

 


Os Imigrantes Americanos no Brasil

 

Tradução : Jiro Okai


 

Nota do Tradutor:

          O presente é a tradução em português do texto publicado na revista “Nooson” Nº 245 em maio de 2011, com o título de “Os Imigrantes Americanos no Brasil”, escrito por mim na língua japonesa sobre o sumário dos imigrantes americanos do século XIX.

     A imigração americana em si foi em pequena escala, em comparação com  as outras, mas as suas contribuições que deixaram aqui no Brasil não foram pequenas, os quais temos que dar boas considerações.

    É uma obra simples e pequena, mas na ocasião em que foi publicada na revista, recebi  boas repercussões que até me assustou.

            Agora, atendendo ao pedido do Sr. Hiroyoshi Tomita, membro da importante entidade social ONG do Japão aqui no Brasil, resolvi traduzir aquela obra para a língua portuguesa, a fim de facilitar às pessoas que não conviviam  com a língua japonesa.

           Peço aos leitores deste, boas compreensões sobre possíveis imperfeições gramaticais ou composições, diante à complexidade da tradução inerente da língua portuguesa.

     

                                                                                           Jiro  Okai 

 


 

Índice

 

1-    Capítulo Inicial………………………………………………………………………………………4

  2-     A guerra entre Norte–Sul e a emigração para o Brasil…………………………………5

  3-    Principais Fazendas que os americanos ingressaram……………………………………7

   3.a- Região de Iguape…………………………………………………………………………………7

     3.b-Fazenda Rio Doce……………………………………………………………………………….8

     3.c-Fazenda Santarém……………………………………………………………………………….8

   3.d-Fazenda Paranaguá……………………………………………………………………………10

     3.e-Fazenda Santa Bárbara do Oeste (Americana)………………………………………..10

 4-    Principais méritos dos americanos deixados aqui no Brasil………………………..11

   4.a-Sobre a religião………………………………………………………………………………..11

    4.b-Sobre a educação………………………………………………………………………………12

    4.c-Sobre a agricultura e outros………………………………………………………………..13

 5-    Conclusão…………………………………………………………………………………………..14

 


 1 Capítulo Inicial

        O Brasil é um grande país dos imigrantes.  Ao iniciar aquela introdução longínqua dos imigrantes alemãs desde ano de 1824, seguiam-se os italianos a partir do ano de 1870 e os japoneses desde 1908, além dos muitos portugueses, espanhóis, polacos e outros, totalizando vários milhões de imigrantes estrangeiros.
        Dentro destas, os imigrantes americanos eram estimados com o número de 2 ou 4  mil pessoas, mas na realidade a sua estimativa era muito difícil, pois não havia nenhum registro oficial. E em comparação a outros países este numero é muito pouco. Porém se considerarmos as conseqüências culturais e sociais, as suas contribuições não foram pequenas.
         Naquela ocasião, o Brasil recebeu com muita alegria a noticia da vinda dos imigrantes americanos, pois já sentia a grande escassez da mão de obra, com a promulgação da lei de proibição de importação dos escravos africanos.
        Para nós brasileiros nikkeis, todas as pessoas que vinham dos Estados Unidos são simplesmente americanos. No entanto, a maioria das pessoas que imigraram para o Brasil era da região sul dos Estados Unidos. Naquele tempo, os habitantes da região norte, chamados de “Yankee”, se distinguiam das pessoas da região sul.
A região sul, favorecida com a riqueza natural e o clima relativamente ameno, possuía grande extensão de terra fértil e estava utilizando a cultura do algodão em grande escala, usando os escravos. Assim a região sul, por conseqüência, era relativamente farta e rica. Além disso, se quisesse expandir mais, já que estão morando nos Estados Unidos de extensões infindáveis, bastariam explorar e abrir novas terras.
         Então, por que eles preferiram largar seus terrenos considerados como seus paraísos e procuraram emigrar para o  Brasil inexplorado,  afastado a mais de 8 mil km de suas terras? Sobre isso vamos tentar esclarecê-lo.
        Como a imigração americana feita 40 anos antecedentemente da imigração japonesa, na época, o Brasil estava no regime da escravidão e não tinha se preparado para receber os imigrantes do exterior. Além disso, não haviam recebidos nenhum auxílio ou apoio do próprio país, e que todas as tentativas foram feitas com os próprios esforços e ajuda voluntária dos homens de influência ou dos interessados do assunto. Portanto, o evento foi realizado sob condições bem diferentes da nossa imigração, supomos que havia dificuldades inimagináveis na época.
          Para nossa comemoração de 100 anos da imigração japonesa no Brasil está faltando apenas alguns anos. Neste momento, achando  que nada faria mal pesquisar sobre a história da  antecedente imigração americana, resolvi extrair e recapitular os trechos interessantes encontrados em 2 ou 3 livros pertencentes  a  Biblioteca da cidade de Americana. Portanto, peço aos leitores, compreensão sobre a possibilidade da existência de certos fatos históricos incoerentes no texto, desculpando por não ter feito o relato historicamente exato.
 


 2-A guerra entre Norte-Sul e a Emigração para o Brasil

       Os Estados Unidos se desenvolvia plenamente a partir de 1776 que era o ano da sua fundação. Além de 13 estados já existentes cresciam seus territórios, ora adquirindo ou anexando as partes dos outros países como da França, Reino Unido, Espanha e México. A exploração se iniciou geograficamente a partir do nordeste que era mais próximo da Europa e foi avançando para a parte sudoeste, de acordo com o aumento de territórios com as várias aquisições dos outros países e também pela conseqüência da  rápida expansão da rede ferroviária na época. Em meados do século XIX, junto com o desenvolvimento da estrada de ferro, o território dos Estados Unidos conseguiu atingir até a costa do oceano Pacífico, contando atualmente 51 estados.
        A guerra norte-sul ocorreu justamente nesta época. O principal motivo desta guerra originou-se por duas razões; uma pela posse dos escravos e outra por problema alfandegário. Originariamente, a região setentrional foi aberto primeiramente e  além de ter maiores populações, ativavam nos campos  comerciais,  industriais e agrícolas.
       Mas com a grande influência da Revolução Industrial da época e também por ter boa situação geográfica, ajudado pelas mãos de obras adequadas e abundantes, fez com que a região se transformasse em zona industrial, chegando a gerar rivalidade com os outros competidores  sobre o mercado comercial geral dos Estados Unidos.
        Por outro lado, os principais produtos da região meridional eram algodão e tabaco, e como a sua forma agrícola era um sistema de grande escala que necessitavam de muita mão de obra escrava. No entanto, na região setentrional, com seu processo de produção que não requeria tanto mão de obra escrava, tendia para a libertação dos escravos, concordando com a opinião reinada no mundo inteiro da época.
        Mas isso, para as pessoas da região meridional era uma questão de vida ou morte.
       Outro assunto era da questão alfandegária. Na época, vieram da Europa abundantes mercadorias de excelente qualidade que para  os industriais americanos não havia nenhuma condição de competir com os seus produtos imperfeitos e desajeitados. No fim, eles apelaram ao governo dos Estados Unidos de taxar pesados impostos para os artigos de importação. Mas para as pessoas da região meridional, este era um grande golpe. Pois, para eles, ocorreria uma baixa nos preços de produtos agrícolas e aumento nos preços de produtos para consumo próprio.
         A partir daí surgiram problemas de contraposição entre as pessoas da região norte e sul. Assim, enquanto as pessoas do norte exigiam uma reforma, as do sul  preferiam  a permanência atual. Esta situação já chegou ao limite de não poder resolver mais só politicamente, sem recorrer a  arma.
        Agora, contra o partido republicano que possui  20 milhões de votos do norte, o partido democrata possui apenas 10 milhões do sul, não haveria nenhuma condição de ganhar na Assembléia Legislativa dos Estados Unidos. Único caminho era para formar um novo país independente, apenas da região meridional.
         Assim em 1860, ao ver Abraham Lincoln do partido republicano foi eleito a presidente da República, os 7 estados meridionais desesperados, declararam a independência sob o nome da ”República Americana” em fevereiro de 1861. Em abril do mesmo ano, 4 novos estados aderiram, totalizando 11 estados. A Assembléia Legislativa desta nova nação elegeu Jefferson como  presidente da república e ao mesmo tempo, assim foram  definidas a moeda e a bandeira. Vendo isso, o governo dos Estados Unidos resolveu aniquilar os rebeldes com a força e nomeou o general Grant para o comando geral e contra isso, enfrentou o general  Lee da parte do exercito rebelde. Os exércitos do norte possuíam certa vantagem em número dos soldados, mas os soldados do sul tinham maiores experiências na guerra, eram valentes e possuíam bravezas. As lutas travaram a partir do abril de 1861. Os dois lados cada qual repetiam seus avanços e retiradas. Mas em 1863, com o forte contra ataque dos exércitos do sul, chegou a ameaçar a tomada de Washington, capital do exército nortista, obrigando-o recuar um pouco. Mas logo depois, o lado sul também encontrou com forte contra ataque do exercito do norte que fez interditar as principais vias de suprimentos para a região sul.
   Mais ainda, os principais portos meridionais foram totalmente fechados  pela poderosa esquadra marinha nortista. Enfim, essas coisas catastróficas fizeram o povo meridional pensar firmemente sobre o término da guerra, que era uma questão de vida ou morte.
         Em abril de 1865, finalmente o general Lee pediu uma rendição ao general Grant. E após 5 dias deste fato, o presidente Lincoln foi assassinado por um sulista.
        Assim, mesmo que terminasse a guerra, o país entrou numa tremenda confusão. Pois isso, como sendo uma guerra civil, os dois lados  lutavam com as máximas forças possíveis reciprocamente que fez provocar uma imensa tragédia que chegou a sacrificar a mais de 600 mil mortos para os dois lados.
        Uma coisa indesejável ocorrida após guerra, além de enormes prejuízos e desgraças causadas, era o início de um ódio recíproco entre as pessoas da região  norte e sul. Principalmente para o lado perdedor, foi prejudicado grandemente tal que não haveria nenhuma família que não perdeu sequer um dos seus membros da família. Alguns foram queimadas as suas casas, outros saqueados pelos militares mal disciplinados do exercito setentrional, assim como as pessoas, nem podiam andar tranquilamente nas ruas da noite e ficavam quietos em suas casas com medo de serem saqueados ou violentados pelos soldados vitoriosos da região setentrional.
         Depois da reconciliação, começou a vingança das pessoas vitoriosas para com o povo do sul. Eles começaram a aplicar certas penalidades para com os principais representantes sulistas da assembléia nacional e também começava a abrir inquérito sobre responsabilidade da guerra contra 3 milhões e 500 mil populares e para os seus  principais  responsáveis, cerca de 150 mil pessoas, foram arrancados o direito de cidadão sem ter nenhum inquérito. Por outro lado, na parte da administrativa, os fiscais tributários do governo quando da sua chegada na região, taxavam impostos absurdamente pesados e na maioria das vezes aplicavam multas exageradas para as coisas irregulares de ninharias, abusando suas autoridades. Os fiscais, muitas vezes faziam as pessoas do sul chorar, obrigando a vender os objetos hipotecados pelo preço de ninharia, injustamente. Reinou-se o desespero para a região sul em geral. A produção caiu ao nível de zero, as portas dos bancos fechadas e as estradas de ferro interromperam. Não abriram as portas das igrejas, nem das escolas e as pessoas iam perdendo até a vontade de sobreviver.
         Neste momento, foi expandindo a história da emigração para o Brasil. As pessoas desesperadas da região interessaram muito sobre esta emigração, pois era insustentável o fato de sobreviver sob humilhação do povo setentrional e mesmo que mudassem para a região sudoeste após tantos sofrimentos, permaneceriam sob a influência daqueles odientos “Yankees”. Diante disso, então seria preferível emigrar para o Brasil com a finalidade de construir novo paraíso, de acordo com as informações obtidas pelos nossos pesquisadores mandados ao local. Segundo as informações de mais de 10 equipes obtidas nos locais do Brasil: “O Brasil é um país grande, cujo terreno é relativamente plano e com o clima ameno, parecendo ser apropriado para a lavoura de algodão. Há preferência, pois o Brasil ainda está no regime de escravatura e com o terreno de baixo preço. É um país com o mínimo preconceito racial do mundo. Além de ser de grande generosidade, principalmente o próprio Imperador D. Pedro II que está aplaudindo muito a vinda dos emigrantes americanos, de todos os pontos, o Brasil parece ser um país de grande esperança.”
    
3-   As Principais Fazendas que os Americanos  entraram

3.a- Região de Iguape

         As pessoas que entraram nesta região estão divididas em 3 partes: Fazenda New Texas, Rizziland  e Sicilica.
        Nas 3 fazendas foram introduzidas 150 imigrantes com os mesmos roteiros e ao mesmo tempo. Portanto, relato aqui apenas sobre a Fazenda Nova Texas.
        Foram enviados 150 imigrantes para esta região de Ribeira. Mas no caminho encontrou com uma dificuldade de encalhamento do navio no litoral Havana de Cuba devido a forte tempestade. Chegando ao Rio de Janeiro, as pessoas admiraram a beleza do porto de Rio de Janeiro. O aposento para os imigrantes era bom, bem como suas refeições. O que mais aplaudiram os imigrantes era a visita do Imperador D. Pedro II ao  aposento dos imigrantes. Mas ao afastar do porto de Santos e aproximar-se de Iguape e Juquiá, começavam a perceber certas dificuldades e por último, ficavam de embarcar  nas  pequenas canoas sob chuvas fortes. Eles mal chegaram ás casinhas de sapé construídas pelo governo brasileiro. Eles caíram em desespero, pois morreu  o  líder da turma. Para os imigrantes, perder o único chefe era um grande golpe. No entanto,  iniciaram primeiramente com o sistema policultura, imitando  a agricultura americana. Mas isso não saiu bem, devido a várias condições desfavoráveis da época. Primeiramente, o  local onde ingressaram era de baixa altitude, o que facilitava a expansão de más epidemias como malária e outras que prejudicavam a saúde dos imigrantes. Além disso, o que dificultava mais era o péssimo estado de vias de ligação que gastava 3 a 4 dias de caminhada para chegar ao ponto inicial da navegação . Assim, os imigrantes passavam seus dias no meio destas inimagináveis dificuldades, sem ter nenhum remédio, nem os suficientes gêneros alimentícios e mais ainda, o pior era que não havia nenhum preço de venda dos produtos agrícolas por causa da dificuldade de transporte até o mercado da época. Assim, a maioria dos imigrantes não sabia como sobreviver nestes lugares sem poder procurar outro local para se mudar. No entanto, mesmo assim devemos reconhecer que havia aí alguma família remanescente que vinha progredindo  tanto até hoje.

 

3.b- Fazenda Rio Doce 
          Dentro dos imigrantes havia quem destinou para a Fazenda Rio Doce (Estado do Espírito Santo). Ingressaram aí certos números de fazendeiros, médicos e advogados. Era no total de 200 pessoas.  Eles já estavam cientes das dificuldades e sofrimentos experimentados na ocasião da abertura de suas fazendas nos Estados Unidos juntamente com os seus antecessores. As bonitas paisagens da Fazenda Rio Doce era parecida com aquelas da terra natal saudosa. A vida cotidiana deles era agradável. Nem  frio havia. No entanto, tais vidas pacatas não duravam tanto tempo, pois após um ano veio propagando uma maligna malária. Além disso, uma seca prolongada e violenta de 30 anos causou grande prejuízo para a lavoura em que muitas pessoas iam se retirando desta Fazenda. Os que tinham suas profissões adequadas mudaram para a cidade local e os outros iam mudando para as outras fazendas ou para a metrópole.
        Nessa época o Rio de Janeiro estava se destacando pela sua beleza e prosperidade como sendo uma importante cidade da America Latina e também como o capital do império brasileiro. Aí havia a procura ilimitada de bons médicos e dentistas. Era natural que muitos bons médicos de Rio Doce prejudicados pela grande seca viessem a se mudar para este Rio de Janeiro abençoado. Era bem provável que esses médicos competentes poderiam progredir em Rio de Janeiro, aplicando seus talentos profissionais. Por outro lado, os que permaneceram em Rio Doce, talvez ficassem lutando com tantos sofrimentos da vida, ou em sua maioria acabavam na morte. Havia outros que iam se espalhando para os outros lugares, salvo algumas pessoas que permaneceram aí, que  talvez essas, poderiam ter  alcançados certos sucessos.

 

3.c-Fazenda Santarém

A Fazenda Santarém estava localizada 500 milhas da costa do Oceano Atlântico via rio Amazonas. Ingressaram aí 109 pessoas, mas após 6 meses, a maioria dos imigrantes começavam a reclamar com as grandes decepções. Eles foram imediatamente para Consulado Americano em pedir auxílios.  As suas principais reivindicações eram sobre não execução da construção de casa dos imigrantes na ocasião do ingresso dos imigrantes na Fazenda por parte do governo brasileiro e o abandono de construção da estrada necessária na ligação entre a Fazenda a Santarém. Além dessas, havia assunto de abuso de preços de venda dos gêneros de 1ª necessidade para os imigrantes, verificados nos armazéns administradas pelo governo estadual. Desta maneira, para os imigrantes não havia condição de sobrevivência, pois, enquanto que os objetos da 1ª necessidade de compras cobravam caríssimos, os preços de produtos da venda dos imigrantes eram irrisórios que nem  pagava o custo da produção. Eles, mesmo que trabalhasse sem nenhum descanso, nunca podiam sair do estado de miséria. Assim para eles, não havia nenhum significado de sobrevivência trabalhando duramente por todas as suas vidas sem comer suficientemente. Não bastava ter só os terrenos férteis. Precisariam pelo menos de casas para morar, mínimas condições de saúde e suficientes vias de comunicações.
        Assim, perante fortes reclamações feitas para o governador do Estado e ao cônsul americano, eles tomaram certas medidas cabíveis da época, mas para os imigrantes que uma vez foram agitados, já não podiam impedir mais a saída dos imigrantes da Fazenda.  Desta maneira, os 200 imigrantes que ingressaram primeiramente a Fazenda em 1874, foram reduzidos em apenas 50 pessoas. Foi um triste acontecimento. Mesmo assim, como sendo um excepcional exemplo em qualquer parte do mundo que aqui também, houve algumas pessoas que fizeram sucessos com as culturas de milho, cana de açúcar, algodão, tabaco e outros. Era o resultado de aplicações dos suficientes capitais trazidos da sua terra natal. Em Santarém dizem que moram aqui alguns descendentes dos sulistas americanos, prosperando.
          No entanto, diferentes desses casos, havia um grupo estranho de Detroit dos Estados Unidos que veio ingressando para esta região Amazonas. Era o grupo pertencente ao reino “Ford” de automóvel da época, com a intenção de conquistar o mercado mundial de borracha em cultivar  aqui  em grande escala . O homem deste grupo estava convencendo a si mesmo de que, com o talento específico dos  norte americanos, não surgirá nenhum obstáculo na exploração de borracha, mesmo que isso feito no sertão amazônico. O homem preferiu o local do empreendimento para um ponto afastado de 80 km da Fazenda dos imigrantes americanos. Obviamente o governo brasileiro forneceu-lhe um terreno á graça, área correspondente ao tamanho do Estado de Connecticut dos Estados Unidos. A Companhia Ford tentou reconstruir o novo Detroit no pleno meio da selva amazônica.  Após os despachos de montões de materiais para esta região amazônica foram construídas aí  moderno hospital, farmácia, restaurante, alojamento, grande deposito, garagem, oficina de conserto e outros  que todas as instalações necessárias para a fabricação de automóveis. Além destes, foram construídas todas as benfeitorias necessárias para a vida cultural do homem, tais como; instalações elétricas, cinema, campo de tênis, sala de reunião etc.
          A diretoria da Companhia, perante a mais de três mil funcionários exigiu que passassem suas vidas com o pleno estilo norte americano. Para até os funcionários analfabetos do local foram fornecidos as moradias, mas também exigiu o uso de uniforme, pontualidade do horário de trabalho, até a orientação sobre o comportamento na ocasião de refeição. Essas, para os trabalhadores que foram criados descalços, eram grandes incômodos. Para eles, antes morar em pau a pique do que morar bem fechadas e sufocantes. Melhor comer as coisas de mãos, sentando nos tocos de árvores em local arejado, do que tomar refeições perante a mesa apertada, ainda com as faquinhas e garfos.  Além disso, o problema era do menu. Pois, mesmo que a comida era bem preparada e do ponto de vista 100% higiênica, para eles, as misturas abundantes de legumes e  cheia  de coisas enlatadas não eram aceitos de maneira alguma. Finalmente num dia surgiu um tumulto, mas não foi revolta contra patrão como de “Saia Ford! Volte Yankee!” Era um simples e desordenada fila dos trabalhadores amazonenses que iam batendo os paus pelos escritórios e salas de jantares, gritando: “Pare de dar-nos mais espinafres! Já basta as comidas enlatadas  ! Eh!”. 
Os empresários de Ford entendiam bem sobre as maquinas de montagem dos carros, mas eram difíceis de compreender o estado psicológico dos caboclos amazonenses. Assim o Ford, percebendo a dificuldade de manobrar esses trabalhadores ignorantes, mais com vários problemas técnicos a respeito da cultura de borrachas, enfim, no meado do ano 1940, retirou-se da Amazônia.


3.d-Fazenda Paranaguá

        Estava localizada no litoral do Estado de Paraná. Os americanos que ingressaram no Estado de Paraná contavam centenas de pessoas, mas geralmente faltavam certas intimidades entre mesmos conterrâneos por morar afastados e mais o problema geográfico também. Como na região moravam muitos imigrantes europeus e por conseqüência, isso fez com que os americanos tornassem íntimos com eles, o que facilitava cada vez mais suas fusões raciais através do casamento. Depois de 1870, após o falecimento de várias pessoas destacadas da região, as pessoas que não foram bem sucedidos economicamente e que, ao saber as boas recuperações da sua pátria, não sustentando mais as suas saudades e iam embora para a sua terra natal.

3.e-Fazenda Santa Barbara do Oeste (Americana)

         Antes da entrada dos americanos a esta região, já estava ocupado pelos imigrantes portugueses.  Na década de 1830, havia muitas usinas de açúcar nesta região, progredindo com o uso dos escravos. No entanto, a partir da queda brusca do preço de açúcar, a indústria açucareira caiu de súbito, tal que fez quebrar os fazendeiros sem ter nada ou mudar para o novo ramo que era a cultura de café. Nessa ocasião, nos anos de 1866, iniciou pouco a pouco a entrada dos brancos da região meridional dos Estados Unidos. Dentro deles, os que possuíam alguns capitais começavam comprar as terras e os que não possuíam os capitais tornaram como arrendatários ou empregados das fazendas. Naquela época, para eles eram felizes, pois era um tempo de transição de canavial para a cultura de café que apareciam terras relativamente baratas que havia  as fazendas que vendiam com os preços de ninharia, ainda  com as porteiras fechadas . Essas eram para as pessoas que trouxeram certos capitais da sua terra natal que deram vantagens incalculáveis. Entre os anos 1872 e 1876, quando  Estrada de ferro Santos a Jundiaí alcançou Rio Claro via Campinas, nesta região já estava agrupado 350 famílias imigrantes. Chegando o fim do século XIX e quando os preços de principais produtos, tais como café, algodão e cana de açúcar caíram exageradamente, o que os substituiu, era a cultura de melancia. Não sabemos donde e por quem foi trazido  suas sementes, mas como eram realmente gostosas, além de ser duráveis por longo tempo e também nas transportes, iam conquistando grande mercado nas diversas partes como São Paulo, Santos e outras cidades de várias localidades. Assim, a cultura deste produto ia estendendo cada vez mais e depois de alguns anos tornou a ser considerado como número um dentro dos  produtos agrícolas.
         No entanto, mesmo que fosse temporariamente, quando tal epidemia da febre amarela arrasou a região, a venda de melancia parou de súbito, por suspeito de motivo da epidemia está na própria melancia. Os produtores da melancia constrangidos recorreram para o Consulado Americano, a fim de pedir a tomada das medidas necessárias para salvar a situação dos produtores.
        Mas para o lado do cônsul também não havia boas soluções, a não ser ensaiar uma cena de comédia em que o próprio cônsul ia devorando a melancia em frente da população, a fim de comprovar que a melancia é  inofensivo.
        Assim, a produção das melancias em Santa Barbara em grande escala, era iniciada pelos americanos, mas estanho era que, vulgarmente estão acreditados que a produção da melancia foi feita totalmente pelos imigrantes italianos.
        A estação Santa Barbara passou a ser denominada como Americana a partir do ano de 1904. Em 1902, uma pessoa chamada Miller, do traço alemão veio do Estado de Santa Catarina para Americana e conseguiu reabrir uma fiação que estava fechada.
A renascença desta fiação fez ativar grandemente a cidade, absorvendo mão de obras da região. Também, tal chamado João, construiu uma fabrica de tecido da seda, trazendo suas maquinas da Suíça.  No inicio, com apenas 2 ou 3 maquinas e mão de obra familiar, mas logo ia progredindo cada vez mais, até tornar a uma grande fabrica.
         Isto não foi único exemplo, pois posteriormente vinham aparecendo várias pessoas que tornaram independentes que, com as impulsões dessas, fez com que Americana como uma das importantes cidades da indústria de tecidos do Brasil. Assim, a Americana está andando com o pleno desenvolvimento, como sendo único sobrevivente das fazendas ingressadas pelos imigrantes americanos.
   
4-Principais Méritos dos Imigrantes Americanos Deixados Aqui no Brasil.

4.a- Religião

A atividade religiosa dos americanos no Brasil iniciou ao longo no ano de 1859 antes da vinda dos imigrantes americanos para o Brasil. Em agosto daquele ano, o pastor Simonton da seita Presbiterano chegou ao Rio de Janeiro e a partir de 1861, 2 anos depois, iniciou as sermões em português. No começo tinha apenas 3 a 4  ouvintes, mas em janeiro de 1862, foi construída uma igreja em Rio de Janeiro e atualmente está sustentando por centenas de fieis. No entanto, logo que os americanos da região sul dos Estados Unidos chegaram como imigrante para o Brasil, na realidade, encontrou aí um sério problema que era sobre o enterro de mortos. Para as Fazendas Iguape, Rio Doce e Santarém, não havia nenhum problema por morar no pleno meio das matas, mas para a Fazenda Santa Barbara existia uma questão. Pois como eles eram todos protestantes não eram permitidos sepultar os mortos juntamente com dos católicos brasileiros do mesmo cemitério. Esta questão do cemitério foi resolvida provisoriamente com o fornecimento de terreno por um americano, mas originariamente os americanos possuíam  profundas fé para sua religião. Para eles, a religião seria um caso indispensável para tais vidas cotidianas de desbravamento das matas brutas. Eles solicitaram para seus próprios pais, o envio urgente dos competentes religiosos. Com isso, em junho de 1870 na Fazenda São Luis foi construído uma igreja presbiteriana, sob o patrocínio de dois pastores, reverendos Emerson e Baiado com mais 11 adeptos do local. Depois disso, no mesmo ano foi construída uma igreja metodista na seção Campo da Fazenda Santa Barbara e foi nomeado o reverendo  Newman como pastor responsável. Na ocasião os principais adeptos eram 47 pessoas. Assim, com o tempo, começaram a chegar os missionários americanos constantemente para o Brasil. A maioria deles permaneceu nas grandes cidades que isso contribuiu grandemente para a evangelização dos protestantismos da região, servindo muito para a conversão dos numerosos brasileiros.
        Isto pode ser considerado como uma das contribuições dos imigrantes americanos que deixou para o Brasil?
        Na ocasião o fato de que os americanos conseguiram evangelizar aqui no Brasil sem ter tanta resistência dos católicos era obviamente por ter sido brasileiros generosos, mas, além disso, o que favoreceu grandemente foi que naquela ocasião, o Brasil estava no meio da discussão sobre a segregação ou não da política com a religião.  Era uma disputa entre os políticos que dava importância á administração e os religiosos que pretendiam certa autoridade sob o ponto de vista religiosa que no fim, ambos os lados ficaram  exaustos,  tais que não incomodar tanto sobre a evangelização dos protestantes. Também o Imperador D. Pedro II estava simpatizando sobre a liberdade da fé dos imigrantes americanos

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4.b- Sobre a Educação

         Também os imigrantes americanos não desprezaram sobre a questão da educação dos seus filhos. As crianças, desde pequenos começavam freqüentar as escolas dominicanas das igrejas e ao crescer, iam para as escolas primárias, secundárias e colegiais, todas pertencentes das igrejas. Para os locais que não havia escolas, muitas vezes, os seus pais ou irmãos mais velhos serviam no lugar dos professores, mas de qualquer maneira, para eles, a questão de ter ou não ter escolas no local, consistiam em grandes problemas. Deste modo, após ingressar nas fazendas, logo iam pensando sobre a maneira de como educar os seus filhos, tais como procurar imediatamente os mestres, freiras e irmãs das igrejas, para serem professores dos seus filhos. Quando não conseguiam, às vezes chamavam especialmente os evangelizadores do seu próprio país, juntamente com os outros.
         Em conseqüência, no Brasil iam aumentando as escolas americanas cada vez mais. As escolas primárias em primeiro lugar e depois os ginásios e colégios. Quanto aos colégios, não somente nas fazendas onde eles moravam e não dependendo da existência de qualquer americano, iam construindo suas escolas nas grandes cidades como Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. Era para realizar seu grande ideológico da religião como sendo dos protestantes.
         As suas escolas são seguintes:

 

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Além dessas, aquela afamada Faculdade Agrícola Luiz Queiroz de Piracicaba iniciou-se da fazenda da propriedade de um americano. A Universidade Mackenzie que comporta aquela famosa Faculdade de Engenharia era Escola Americana anteriormente. Agora que há várias boas escolas oficiais de engenharia, mas naquele tempo do império brasileiro era um caso raro em aparecer uma pessoa tão filantrópica chamada Mackenzie que começava construir aquela escola tão eficiente, num país  estrangeiro, jogando sua fortuna de 50 mil dólares da época. Já passou mais de 130 anos daqueles tempos, durante tanto tempo, quantas pessoas de grande capacidade saíram dessa escola. Só com isso podemos dizer que não foi tão pequena das contribuições deles para com este país.
        
4.c- Agricultura e Outros:

         Os imigrantes americanos da região Santa Barbara fizeram mudar completamente o processo para a lavoura. Eles conseguiram lavrar as terras com os arados que trouxeram do seu próprio país, utilizando as forças de cavalos. Diferente de enxadas convencionais e além de ser bem eficiente o fato de lavrar profundamente o solo davam bons resultados para as plantações.
          Sabendo disso os lavradores brasileiros da proximidade espantaram-se. Como eles nunca conheciam arados puxados pelos cavalos, vieram pedir o ensino destes para os americanos. O resultado deste, fez surgir na região, uma moda de lavrar as terras com os arados puxados pelos cavalos, até que aparecer aí umas pessoas de recursos que iam vender os arados fabricados em grande escala.
        Por outro lado, entre os americanos havia alguns fazendeiros empobrecidos pela desgraça da guerra civil e como não podiam viver independentemente,  empregavam noutra fazenda dos brasileiros com os cargos de gerente ou administradores, talvez  ponderados pelas suas experiências da lavoura.
       Havia algum sulista americano na região de Botucatu, aplaudido pelas certas pessoas por fornecer-lhes abundantemente as alfafas cultivadas, indispensáveis como ração para os cavalos que puxavam os bondes dos trilhos das ruas da grande cidade.
       Também os americanos fizeram difundir o uso da leve carruagem de 2 rodas, principalmente na região interior, no lugar de pesadas carruagens de 4 rodas usadas nas grandes cidades. Por outro lado, como havia muitos médicos e dentistas no meio dos imigrantes americanos, e na sua maioria, eles ativavam mais nas cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, posteriormente saíram renomes personagens tais como: afamada cantora Rita Riya, embora de traço inglês, mas tal ministro da fazenda José Maria Whitaker e muitos outros que atuaram no campo de arte e político. No entanto, se pesquisasse minuciosamente sobre a camada social superior, haverá possibilidade de encontrar mais alguns descendentes americanos de renome.
      

 

 

5- Conclusão:
        Quanto aos imigrantes americanos no Brasil, pode dizer que não teve tanto sucesso em seu número, mas trouxe bons resultados, apesar da sua pequena quantidade. Comparamos isso com a da imigração japonesa e podemos verificar aí que, eles também tiveram certas vantagens e desvantagens.
        Primeiramente, quanto a sua desvantagem não havia nenhum empurro por parte do governo, diferentemente dos outros países como o Japão e a Itália, que existia aí uma razão radicalmente diferente. Pois nestes países estavam estimulando as emigrações com os seus incentivos e auxílios políticos por ter pequenos territórios, além de ter demais populações. Contra disso, os Estados Unidos era um dos grandes países que podia até receber os imigrantes de outros países. Também, na ocasião estava no auge de desbravamento das grandes planícies da região oeste dos Estados Unidos, auxiliado pelo rápido desenvolvimento de estradas de ferro, apesar de estar na situação confusa de logo após da guerra entre norte  e sul.
        Por outro lado, no meio da febre de emigração para o Brasil, liderado por destaques da região sul, havia o único general Lee que foi comandante do exercito sul, contrariou fortemente sobre qual quer emigração para outros países. Ele gritou que seria o dever de todos do povo pela recuperação mais rápida possível da região meridional tão devastada. Foi isso que fez uma das razões que não durou tanto do plano de emigração para o Brasil. Mesmo assim, vendo o fato dos envios de mais de 10 expedições de pesquisas para o Brasil logo após da guerra, daria entender bem que o plano não foi feito com a visão momentânea. Com isso, podemos entender que, como os americanos eram tão prudentes sobre a emigração, comparando isso com o da emigração japonesa que foi iniciada por Ryu Mizuno, baseando nos simples relatórios de 2 ou 3 pessoas de  pouco interesse pelo assunto.
        Na verdade, dizem que, naquela ocasião havia quem imaginava sobre a emigração dos americanos para o Brasil, com o envio mínimo de 50 a 100 mil pessoas. No entanto, esse fato do rompimento de envio dos emigrantes logo após 2 ou 3 anos e  o aumento gradativa posterior dos imigrantes de retorno para o próprio  pais, poderia ter sido por vários motivos individuais, além de numerosas  e inimagináveis dificuldades encontradas nas circunstâncias brasileiras, bem diferentes  daquelas da terra natal deles.
         As principais comprovações dessas, eram  casos  que a maioria dos imigrantes que ingressaram na zona floresta de Iguape, Rio Doce e Santarém, salvo pequeno número, retiraram-se tudo, Apenas os da região Americana restavam até o tempo posterior e desenvolveram. Isto porque aí existiam várias condições favoráveis, comparando com as de outras, pois já podiam utilizar boas condições de até intervir no meio dos outros imigrantes que moravam aí anteriormente.
         Aí, com as boas comunicações e transportes, facilitavam bem com os produtos agrícolas a escoar para os mercados próximos, além de estar nas terras férteis, salubres e podiam entrosar facilmente com as pessoas de outras  nacionalidades.
       Por outro lado, quanto a um dos insucessos das outras Fazendas, havia o caso do descumprimento de vários compromissos pelo governo brasileiro.  Isso pode pensar que em certa maneira, talvez viesse de algum descontentamento e decepção por parte do governo, desiludido com a inimaginável pequena quantidade dos imigrantes americanos.
        Por outro lado, para os sulistas americanos, com o choque da derrota da guerra civil, ficaram tão deprimidos na ocasião, até que planejassem emigrar para o Brasil por não querer ser governado por aqueles detestáveis “Yankees”. No entanto, ao chegar para o Brasil, eles sofreram sob o rigor dos ventos estrangeiros, obrigando a viver sob as condições péssimas e terríveis. Mas, depois souberam pelas notícias sobre daquela saudosa terra natal, donde informava sobre o enfraquecimento daqueles ódios e perseguições dos “Yankees” para com os sulistas, bem como as grandes expectativas sobre as regiões  sul e oeste. Os imigrantes americanos aqui no Brasil ao saber disso ficavam impacientes cada vez mais, com as fortes vontades de retornar ao país da origem. As pessoas possuidoras de certos capitais iam voltando com recursos próprios, mas do contrário, iam de navio de guerra da marinha americana, mediante pedido feito pelo Consulado Americano no Brasil.
         Por que é que procedeu assim? Haverá vários motivos sobre tal resultado fracassado, mas uma das razões era de que a certa carência dos conhecimentos sobre o Brasil por lado dos sulistas americanos. Eles perderam suas cabeças com a derrota da guerra civil violenta. O que dobrou mais nisso era o maltrato dos nortistas para com os sulistas. Como os dois lados lutaram durante 4  anos violentamente, fizeram sair grandes sacrifícios que isso  fez levar profundos ódios para os dois lados recíprocos. Também os vencedores maltrataram os vencidos sem ter tantos motivos cabíveis.
        Assim, após foram maltratados durante alguns anos, os sulistas sem poder agüentar mais, procuravam sair da situação. Já que vai sair daqui, de  uma só  vez, não seria preferível procurar outro país onde não atinge  nenhum “Yankee” detestável. Pois, quanto aos sofrimentos poderiam ser mesmos daqueles dos antecessores que experimentaram. Então bastaria  repetir isso por nós também. Aí tinha certo engano de ter escolhido o Brasil com tanto sentimento simples e leviano.
         Essas coisas dão para perceber facilmente por assistir filmes do faroeste do tempo da exploração e desbravamento dos Estados Unidos. Os desbravadores em geral iam mudando de locais com as grandes carroças cobertas de lonas, ajudando um com outro.  No entanto, essas coisas eram impossíveis aqui no Brasil, onde as matas milenares erguiam sem ter espaços para isso, que obrigavam os desbravadores ativassem isoladamente para cada uma. Este caso, eles mesmo já estava percebendo na hora de entrar nas Fazendas. Um dos motivos de fracassos no Brasil era o adoto do sistema de isolamento individual sem ter colaboração conjunta, onde não havia nenhuma estrada, nem via de comunicação, bem diferente daquela ocasião de abrir a vasta planície da região sudoeste dos Estados Unidos, onde formavam aldeias com os armazéns nos seus centros.
         Por outro lado, se pensasse sobre o ponto favorável que eles possuíam era o caso de assimilação étnica. Pois os americanos, diferente dos japoneses, possuem vários pontos parecidos com os brasileiros.
        Os americanos, tendo mesmas características dos portugueses por pertencer á raça européia, por exemplo, como a linguagem, contra as letras figurativas dos japoneses, a língua inglesa consista de letras fonéticas e alfabéticas da mesma origem do português. Para tal inglês já está considerada como a língua internacional e os brasileiros faziam questão de aprender o inglês espontaneamente.
        Para os americanos, tanto a vida alimentar, como os seus costumes do dia a dia, possuem vários pontos parecidos com os dos brasileiros, diferenciando radicalmente com os de japoneses da raça oriental. Nas ocasiões em que eles largaram as lavouras e destinaram para as zonas urbanas, essas características favoreceram grandemente para seus progressos. Havia muitos que trouxeram consideráveis capitais na hora da imigração para o Brasil e também havia muitas pessoas não agricultoras, e no lugar dessas, vieram pessoas pertencentes à classe médica ou ex-militares, tanto quanto possuindo certa quantidade de capitais. Como eles vieram para cá por não causa econômica e sim para fugir das mãos dos “Yankees”, às vezes, suas características intelectuais funcionavam como pontos negativos, quando eles ingressaram como simples agricultores nas fazendas brutas. Mas, quando eles transferiram para a região mais civilizada como Americana, saíram como grande vantagem em poder adquirir certas fazendas já formadas, com os capitais trazidos da America, que isso enfim, fez formar atual cidade de Americana.
         Como uma das principais contribuições que os americanos deixaram no Brasil, há educação escolar. Eles construíram uma universidade e 10 colegiais.
       A construção da Universidade de Mackenzie era realmente formidável, merecendo a ter fama de número um da America Latina, principalmente pela sua Faculdade de Engenharia. Se comparasse isso com o caso da nossa imigração japonesa, ficaremos corados de vergonha, pois, mesmo que foram introduzidos com o número 100 vezes mais do que deles, não há nenhuma universidade, sequer uma escola decente da língua japonesa, mesmo estando nesta ocasião da aproximação de 100 anos da comemoração do início da imigração japonesa. Tanto para a área religiosa, contra os americanos que iniciaram suas evangelizações desde o inicio da imigração, chamando os pastores da sua terra, os japoneses, para a área de religião, deixaram largadas durante tantas dezenas de anos sem fazer nada, e no lugar dessas, dava mais preocupações para breves repatriamentos dos imigrantes. Após a grande guerra mundial, começavam a chegar certas seitas budistas do Japão.
         Recentemente, vendeu-se único banco do traço japonês, apesar da existência de mais de meio século desde a sua fundação e a falência de uma grande cooperativa agrícola nascida e criada no meio da colônia japonesa, junto com as outras cooperativas médias e pequenas.
        As que sobraram eram só as associações culturais e esportivas de caráter improdutivo. Mesmo assim, suas permanências seriam meio duvidosas.
        Pensando bem, quanto à divergência sobre o caráter étnica, não haverá mais nenhuma discussão. Isto é claro no caso dos imigrantes americanos, bem diferente dos japoneses. Os americanos, apesar de ser emigração a si mesma de voluntária, sem nenhum auxílio ou subsídio da parte do governo, mas, ao reconhecer que a tentativa saiu fracassada, já foram recorrer para as autoridades do seu país a fim de pedir certos auxílios ou salvamentos. Também, no caso da Fazenda Santa Bárbara que os imigrantes americanos recorreram para o Consulado Americano a fim de pedir certas providências a tomar sobre o problema de melancia produzida que perdeu o seu mercado de venda, ou reclamações da Fazenda Santarém de Amazonas contra o governo brasileiro a respeito do descumprimento dos compromissos das aberturas das estradas, bem como o pedido forçado feito através do Consulado Americano no sentido de pedir mobilização do navio de guerra para o repatriamento dos imigrantes americanos fracassados no Brasil. Essas, para os imigrantes japoneses eram  casos inimagináveis de maneira alguma.

                                                                                                                            Fim.
 

   1 Capítulo Inicial

        O Brasil é um grande país dos imigrantes.  Ao iniciar aquela introdução longínqua dos imigrantes alemãs desde ano de 1824, seguiam-se os italianos a partir do ano de 1870 e os japoneses desde 1908, além dos muitos portugueses, espanhóis, polacos e outros, totalizando vários milhões de imigrantes estrangeiros.
        Dentro destas, os imigrantes americanos eram estimados com o número de 2 ou 4  mil pessoas, mas na realidade a sua estimativa era muito difícil, pois não havia nenhum registro oficial. E em comparação a outros países este numero é muito pouco. Porém se considerarmos as conseqüências culturais e sociais, as suas contribuições não foram pequenas.
         Naquela ocasião, o Brasil recebeu com muita alegria a noticia da vinda dos imigrantes americanos, pois já sentia a grande escassez da mão de obra, com a promulgação da lei de proibição de importação dos escravos africanos.
        Para nós brasileiros nikkeis, todas as pessoas que vinham dos Estados Unidos são simplesmente americanos. No entanto, a maioria das pessoas que imigraram para o Brasil era da região sul dos Estados Unidos. Naquele tempo, os habitantes da região norte, chamados de “Yankee”, se distinguiam das pessoas da região sul.
A região sul, favorecida com a riqueza natural e o clima relativamente ameno, possuía grande extensão de terra fértil e estava utilizando a cultura do algodão em grande escala, usando os escravos. Assim a região sul, por conseqüência, era relativamente farta e rica. Além disso, se quisesse expandir mais, já que estão morando nos Estados Unidos de extensões infindáveis, bastariam explorar e abrir novas terras.
         Então, por que eles preferiram largar seus terrenos considerados como seus paraísos e procuraram emigrar para o  Brasil inexplorado,  afastado a mais de 8 mil km de suas terras? Sobre isso vamos tentar esclarecê-lo.
        Como a imigração americana feita 40 anos antecedentemente da imigração japonesa, na época, o Brasil estava no regime da escravidão e não tinha se preparado para receber os imigrantes do exterior. Além disso, não haviam recebidos nenhum auxílio ou apoio do próprio país, e que todas as tentativas foram feitas com os próprios esforços e ajuda voluntária dos homens de influência ou dos interessados do assunto. Portanto, o evento foi realizado sob condições bem diferentes da nossa imigração, supomos que havia dificuldades inimagináveis na época.
          Para nossa comemoração de 100 anos da imigração japonesa no Brasil está faltando apenas alguns anos. Neste momento, achando  que nada faria mal pesquisar sobre a história da  antecedente imigração americana, resolvi extrair e recapitular os trechos interessantes encontrados em 2 ou 3 livros pertencentes  a  Biblioteca da cidade de Americana. Portanto, peço aos leitores, compreensão sobre a possibilidade da existência de certos fatos históricos incoerentes no texto, desculpando por não ter feito o relato historicamente exato.
 


              2-A guerra entre Norte-Sul e a Emigração para o Brasil

       Os Estados Unidos se desenvolvia plenamente a partir de 1776 que era o ano da sua fundação. Além de 13 estados já existentes cresciam seus territórios, ora adquirindo ou anexando as partes dos outros países como da França, Reino Unido, Espanha e México. A exploração se iniciou geograficamente a partir do nordeste que era mais próximo da Europa e foi avançando para a parte sudoeste, de acordo com o aumento de territórios com as várias aquisições dos outros países e também pela conseqüência da  rápida expansão da rede ferroviária na época. Em meados do século XIX, junto com o desenvolvimento da estrada de ferro, o território dos Estados Unidos conseguiu atingir até a costa do oceano Pacífico, contando atualmente 51 estados.
        A guerra norte-sul ocorreu justamente nesta época. O principal motivo desta guerra originou-se por duas razões; uma pela posse dos escravos e outra por problema alfandegário. Originariamente, a região setentrional foi aberto primeiramente e  além de ter maiores populações, ativavam nos campos  comerciais,  industriais e agrícolas.
       Mas com a grande influência da Revolução Industrial da época e também por ter boa situação geográfica, ajudado pelas mãos de obras adequadas e abundantes, fez com que a região se transformasse em zona industrial, chegando a gerar rivalidade com os outros competidores  sobre o mercado comercial geral dos Estados Unidos.
        Por outro lado, os principais produtos da região meridional eram algodão e tabaco, e como a sua forma agrícola era um sistema de grande escala que necessitavam de muita mão de obra escrava. No entanto, na região setentrional, com seu processo de produção que não requeria tanto mão de obra escrava, tendia para a libertação dos escravos, concordando com a opinião reinada no mundo inteiro da época.
        Mas isso, para as pessoas da região meridional era uma questão de vida ou morte.
       Outro assunto era da questão alfandegária. Na época, vieram da Europa abundantes mercadorias de excelente qualidade que para  os industriais americanos não havia nenhuma condição de competir com os seus produtos imperfeitos e desajeitados. No fim, eles apelaram ao governo dos Estados Unidos de taxar pesados impostos para os artigos de importação. Mas para as pessoas da região meridional, este era um grande golpe. Pois, para eles, ocorreria uma baixa nos preços de produtos agrícolas e aumento nos preços de produtos para consumo próprio.
         A partir daí surgiram problemas de contraposição entre as pessoas da região norte e sul. Assim, enquanto as pessoas do norte exigiam uma reforma, as do sul  preferiam  a permanência atual. Esta situação já chegou ao limite de não poder resolver mais só politicamente, sem recorrer a  arma.
        Agora, contra o partido republicano que possui  20 milhões de votos do norte, o partido democrata possui apenas 10 milhões do sul, não haveria nenhuma condição de ganhar na Assembléia Legislativa dos Estados Unidos. Único caminho era para formar um novo país independente, apenas da região meridional.
         Assim em 1860, ao ver Abraham Lincoln do partido republicano foi eleito a presidente da República, os 7 estados meridionais desesperados, declararam a independência sob o nome da ”República Americana” em fevereiro de 1861. Em abril do mesmo ano, 4 novos estados aderiram, totalizando 11 estados. A Assembléia Legislativa desta nova nação elegeu Jefferson como  presidente da república e ao mesmo tempo, assim foram  definidas a moeda e a bandeira. Vendo isso, o governo dos Estados Unidos resolveu aniquilar os rebeldes com a força e nomeou o general Grant para o comando geral e contra isso, enfrentou o general  Lee da parte do exercito rebelde. Os exércitos do norte possuíam certa vantagem em número dos soldados, mas os soldados do sul tinham maiores experiências na guerra, eram valentes e possuíam bravezas. As lutas travaram a partir do abril de 1861. Os dois lados cada qual repetiam seus avanços e retiradas. Mas em 1863, com o forte contra ataque dos exércitos do sul, chegou a ameaçar a tomada de Washington, capital do exército nortista, obrigando-o recuar um pouco. Mas logo depois, o lado sul também encontrou com forte contra ataque do exercito do norte que fez interditar as principais vias de suprimentos para a região sul.
   Mais ainda, os principais portos meridionais foram totalmente fechados  pela poderosa esquadra marinha nortista. Enfim, essas coisas catastróficas fizeram o povo meridional pensar firmemente sobre o término da guerra, que era uma questão de vida ou morte.
         Em abril de 1865, finalmente o general Lee pediu uma rendição ao general Grant. E após 5 dias deste fato, o presidente Lincoln foi assassinado por um sulista.
        Assim, mesmo que terminasse a guerra, o país entrou numa tremenda confusão. Pois isso, como sendo uma guerra civil, os dois lados  lutavam com as máximas forças possíveis reciprocamente que fez provocar uma imensa tragédia que chegou a sacrificar a mais de 600 mil mortos para os dois lados.
        Uma coisa indesejável ocorrida após guerra, além de enormes prejuízos e desgraças causadas, era o início de um ódio recíproco entre as pessoas da região  norte e sul. Principalmente para o lado perdedor, foi prejudicado grandemente tal que não haveria nenhuma família que não perdeu sequer um dos seus membros da família. Alguns foram queimadas as suas casas, outros saqueados pelos militares mal disciplinados do exercito setentrional, assim como as pessoas, nem podiam andar tranquilamente nas ruas da noite e ficavam quietos em suas casas com medo de serem saqueados ou violentados pelos soldados vitoriosos da região setentrional.
         Depois da reconciliação, começou a vingança das pessoas vitoriosas para com o povo do sul. Eles começaram a aplicar certas penalidades para com os principais representantes sulistas da assembléia nacional e também começava a abrir inquérito sobre responsabilidade da guerra contra 3 milhões e 500 mil populares e para os seus  principais  responsáveis, cerca de 150 mil pessoas, foram arrancados o direito de cidadão sem ter nenhum inquérito. Por outro lado, na parte da administrativa, os fiscais tributários do governo quando da sua chegada na região, taxavam impostos absurdamente pesados e na maioria das vezes aplicavam multas exageradas para as coisas irregulares de ninharias, abusando suas autoridades. Os fiscais, muitas vezes faziam as pessoas do sul chorar, obrigando a vender os objetos hipotecados pelo preço de ninharia, injustamente. Reinou-se o desespero para a região sul em geral. A produção caiu ao nível de zero, as portas dos bancos fechadas e as estradas de ferro interromperam. Não abriram as portas das igrejas, nem das escolas e as pessoas iam perdendo até a vontade de sobreviver.
         Neste momento, foi expandindo a história da emigração para o Brasil. As pessoas desesperadas da região interessaram muito sobre esta emigração, pois era insustentável o fato de sobreviver sob humilhação do povo setentrional e mesmo que mudassem para a região sudoeste após tantos sofrimentos, permaneceriam sob a influência daqueles odientos “Yankees”. Diante disso, então seria preferível emigrar para o Brasil com a finalidade de construir novo paraíso, de acordo com as informações obtidas pelos nossos pesquisadores mandados ao local. Segundo as informações de mais de 10 equipes obtidas nos locais do Brasil: “O Brasil é um país grande, cujo terreno é relativamente plano e com o clima ameno, parecendo ser apropriado para a lavoura de algodão. Há preferência, pois o Brasil ainda está no regime de escravatura e com o terreno de baixo preço. É um país com o mínimo preconceito racial do mundo. Além de ser de grande generosidade, principalmente o próprio Imperador D. Pedro II que está aplaudindo muito a vinda dos emigrantes americanos, de todos os pontos, o Brasil parece ser um país de grande esperança.”
    
3-   As Principais Fazendas que os Americanos  entraram

3.a- Região de Iguape

         As pessoas que entraram nesta região estão divididas em 3 partes: Fazenda New Texas, Rizziland  e Sicilica.
        Nas 3 fazendas foram introduzidas 150 imigrantes com os mesmos roteiros e ao mesmo tempo. Portanto, relato aqui apenas sobre a Fazenda Nova Texas.
        Foram enviados 150 imigrantes para esta região de Ribeira. Mas no caminho encontrou com uma dificuldade de encalhamento do navio no litoral Havana de Cuba devido a forte tempestade. Chegando ao Rio de Janeiro, as pessoas admiraram a beleza do porto de Rio de Janeiro. O aposento para os imigrantes era bom, bem como suas refeições. O que mais aplaudiram os imigrantes era a visita do Imperador D. Pedro II ao  aposento dos imigrantes. Mas ao afastar do porto de Santos e aproximar-se de Iguape e Juquiá, começavam a perceber certas dificuldades e por último, ficavam de embarcar  nas  pequenas canoas sob chuvas fortes. Eles mal chegaram ás casinhas de sapé construídas pelo governo brasileiro. Eles caíram em desespero, pois morreu  o  líder da turma. Para os imigrantes, perder o único chefe era um grande golpe. No entanto,  iniciaram primeiramente com o sistema policultura, imitando  a agricultura americana. Mas isso não saiu bem, devido a várias condições desfavoráveis da época. Primeiramente, o  local onde ingressaram era de baixa altitude, o que facilitava a expansão de más epidemias como malária e outras que prejudicavam a saúde dos imigrantes. Além disso, o que dificultava mais era o péssimo estado de vias de ligação que gastava 3 a 4 dias de caminhada para chegar ao ponto inicial da navegação . Assim, os imigrantes passavam seus dias no meio destas inimagináveis dificuldades, sem ter nenhum remédio, nem os suficientes gêneros alimentícios e mais ainda, o pior era que não havia nenhum preço de venda dos produtos agrícolas por causa da dificuldade de transporte até o mercado da época. Assim, a maioria dos imigrantes não sabia como sobreviver nestes lugares sem poder procurar outro local para se mudar. No entanto, mesmo assim devemos reconhecer que havia aí alguma família remanescente que vinha progredindo  tanto até hoje.

 

3.b- Fazenda Rio Doce
 
         Dentro dos imigrantes havia quem destinou para a Fazenda Rio Doce (Estado do Espírito Santo). Ingressaram aí certos números de fazendeiros, médicos e advogados. Era no total de 200 pessoas.  Eles já estavam cientes das dificuldades e sofrimentos experimentados na ocasião da abertura de suas fazendas nos Estados Unidos juntamente com os seus antecessores. As bonitas paisagens da Fazenda Rio Doce era parecida com aquelas da terra natal saudosa. A vida cotidiana deles era agradável. Nem  frio havia. No entanto, tais vidas pacatas não duravam tanto tempo, pois após um ano veio propagando uma maligna malária. Além disso, uma seca prolongada e violenta de 30 anos causou grande prejuízo para a lavoura em que muitas pessoas iam se retirando desta Fazenda. Os que tinham suas profissões adequadas mudaram para a cidade local e os outros iam mudando para as outras fazendas ou para a metrópole.
        Nessa época o Rio de Janeiro estava se destacando pela sua beleza e prosperidade como sendo uma importante cidade da America Latina e também como o capital do império brasileiro. Aí havia a procura ilimitada de bons médicos e dentistas. Era natural que muitos bons médicos de Rio Doce prejudicados pela grande seca viessem a se mudar para este Rio de Janeiro abençoado. Era bem provável que esses médicos competentes poderiam progredir em Rio de Janeiro, aplicando seus talentos profissionais. Por outro lado, os que permaneceram em Rio Doce, talvez ficassem lutando com tantos sofrimentos da vida, ou em sua maioria acabavam na morte. Havia outros que iam se espalhando para os outros lugares, salvo algumas pessoas que permaneceram aí, que  talvez essas, poderiam ter  alcançados certos sucessos.

3.c-Fazenda Santarém

A Fazenda Santarém estava localizada 500 milhas da costa do Oceano Atlântico via rio Amazonas. Ingressaram aí 109 pessoas, mas após 6 meses, a maioria dos imigrantes começavam a reclamar com as grandes decepções. Eles foram imediatamente para Consulado Americano em pedir auxílios.  As suas principais reivindicações eram sobre não execução da construção de casa dos imigrantes na ocasião do ingresso dos imigrantes na Fazenda por parte do governo brasileiro e o abandono de construção da estrada necessária na ligação entre a Fazenda a Santarém. Além dessas, havia assunto de abuso de preços de venda dos gêneros de 1ª necessidade para os imigrantes, verificados nos armazéns administradas pelo governo estadual. Desta maneira, para os imigrantes não havia condição de sobrevivência, pois, enquanto que os objetos da 1ª necessidade de compras cobravam caríssimos, os preços de produtos da venda dos imigrantes eram irrisórios que nem  pagava o custo da produção. Eles, mesmo que trabalhasse sem nenhum descanso, nunca podiam sair do estado de miséria. Assim para eles, não havia nenhum significado de sobrevivência trabalhando duramente por todas as suas vidas sem comer suficientemente. Não bastava ter só os terrenos férteis. Precisariam pelo menos de casas para morar, mínimas condições de saúde e suficientes vias de comunicações.
        Assim, perante fortes reclamações feitas para o governador do Estado e ao cônsul americano, eles tomaram certas medidas cabíveis da época, mas para os imigrantes que uma vez foram agitados, já não podiam impedir mais a saída dos imigrantes da Fazenda.  Desta maneira, os 200 imigrantes que ingressaram primeiramente a Fazenda em 1874, foram reduzidos em apenas 50 pessoas. Foi um triste acontecimento. Mesmo assim, como sendo um excepcional exemplo em qualquer parte do mundo que aqui também, houve algumas pessoas que fizeram sucessos com as culturas de milho, cana de açúcar, algodão, tabaco e outros. Era o resultado de aplicações dos suficientes capitais trazidos da sua terra natal. Em Santarém dizem que moram aqui alguns descendentes dos sulistas americanos, prosperando.
          No entanto, diferentes desses casos, havia um grupo estranho de Detroit dos Estados Unidos que veio ingressando para esta região Amazonas. Era o grupo pertencente ao reino “Ford” de automóvel da época, com a intenção de conquistar o mercado mundial de borracha em cultivar  aqui  em grande escala . O homem deste grupo estava convencendo a si mesmo de que, com o talento específico dos  norte americanos, não surgirá nenhum obstáculo na exploração de borracha, mesmo que isso feito no sertão amazônico. O homem preferiu o local do empreendimento para um ponto afastado de 80 km da Fazenda dos imigrantes americanos. Obviamente o governo brasileiro forneceu-lhe um terreno á graça, área correspondente ao tamanho do Estado de Connecticut dos Estados Unidos. A Companhia Ford tentou reconstruir o novo Detroit no pleno meio da selva amazônica.  Após os despachos de montões de materiais para esta região amazônica foram construídas aí  moderno hospital, farmácia, restaurante, alojamento, grande deposito, garagem, oficina de conserto e outros  que todas as instalações necessárias para a fabricação de automóveis. Além destes, foram construídas todas as benfeitorias necessárias para a vida cultural do homem, tais como; instalações elétricas, cinema, campo de tênis, sala de reunião etc.
          A diretoria da Companhia, perante a mais de três mil funcionários exigiu que passassem suas vidas com o pleno estilo norte americano. Para até os funcionários analfabetos do local foram fornecidos as moradias, mas também exigiu o uso de uniforme, pontualidade do horário de trabalho, até a orientação sobre o comportamento na ocasião de refeição. Essas, para os trabalhadores que foram criados descalços, eram grandes incômodos. Para eles, antes morar em pau a pique do que morar bem fechadas e sufocantes. Melhor comer as coisas de mãos, sentando nos tocos de árvores em local arejado, do que tomar refeições perante a mesa apertada, ainda com as faquinhas e garfos.  Além disso, o problema era do menu. Pois, mesmo que a comida era bem preparada e do ponto de vista 100% higiênica, para eles, as misturas abundantes de legumes e  cheia  de coisas enlatadas não eram aceitos de maneira alguma. Finalmente num dia surgiu um tumulto, mas não foi revolta contra patrão como de “Saia Ford! Volte Yankee!” Era um simples e desordenada fila dos trabalhadores amazonenses que iam batendo os paus pelos escritórios e salas de jantares, gritando: “Pare de dar-nos mais espinafres! Já basta as comidas enlatadas  ! Eh!”. 
Os empresários de Ford entendiam bem sobre as maquinas de montagem dos carros, mas eram difíceis de compreender o estado psicológico dos caboclos amazonenses. Assim o Ford, percebendo a dificuldade de manobrar esses trabalhadores ignorantes, mais com vários problemas técnicos a respeito da cultura de borrachas, enfim, no meado do ano 1940, retirou-se da Amazônia.


3.d-Fazenda Paranaguá

        Estava localizada no litoral do Estado de Paraná. Os americanos que ingressaram no Estado de Paraná contavam centenas de pessoas, mas geralmente faltavam certas intimidades entre mesmos conterrâneos por morar afastados e mais o problema geográfico também. Como na região moravam muitos imigrantes europeus e por conseqüência, isso fez com que os americanos tornassem íntimos com eles, o que facilitava cada vez mais suas fusões raciais através do casamento. Depois de 1870, após o falecimento de várias pessoas destacadas da região, as pessoas que não foram bem sucedidos economicamente e que, ao saber as boas recuperações da sua pátria, não sustentando mais as suas saudades e iam embora para a sua terra natal.

3.e-Fazenda Santa Barbara do Oeste (Americana)

         Antes da entrada dos americanos a esta região, já estava ocupado pelos imigrantes portugueses.  Na década de 1830, havia muitas usinas de açúcar nesta região, progredindo com o uso dos escravos. No entanto, a partir da queda brusca do preço de açúcar, a indústria açucareira caiu de súbito, tal que fez quebrar os fazendeiros sem ter nada ou mudar para o novo ramo que era a cultura de café. Nessa ocasião, nos anos de 1866, iniciou pouco a pouco a entrada dos brancos da região meridional dos Estados Unidos. Dentro deles, os que possuíam alguns capitais começavam comprar as terras e os que não possuíam os capitais tornaram como arrendatários ou empregados das fazendas. Naquela época, para eles eram felizes, pois era um tempo de transição de canavial para a cultura de café que apareciam terras relativamente baratas que havia  as fazendas que vendiam com os preços de ninharia, ainda  com as porteiras fechadas . Essas eram para as pessoas que trouxeram certos capitais da sua terra natal que deram vantagens incalculáveis. Entre os anos 1872 e 1876, quando  Estrada de ferro Santos a Jundiaí alcançou Rio Claro via Campinas, nesta região já estava agrupado 350 famílias imigrantes. Chegando o fim do século XIX e quando os preços de principais produtos, tais como café, algodão e cana de açúcar caíram exageradamente, o que os substituiu, era a cultura de melancia. Não sabemos donde e por quem foi trazido  suas sementes, mas como eram realmente gostosas, além de ser duráveis por longo tempo e também nas transportes, iam conquistando grande mercado nas diversas partes como São Paulo, Santos e outras cidades de várias localidades. Assim, a cultura deste produto ia estendendo cada vez mais e depois de alguns anos tornou a ser considerado como número um dentro dos  produtos agrícolas.
         No entanto, mesmo que fosse temporariamente, quando tal epidemia da febre amarela arrasou a região, a venda de melancia parou de súbito, por suspeito de motivo da epidemia está na própria melancia. Os produtores da melancia constrangidos recorreram para o Consulado Americano, a fim de pedir a tomada das medidas necessárias para salvar a situação dos produtores.
        Mas para o lado do cônsul também não havia boas soluções, a não ser ensaiar uma cena de comédia em que o próprio cônsul ia devorando a melancia em frente da população, a fim de comprovar que a melancia é  inofensivo.
        Assim, a produção das melancias em Santa Barbara em grande escala, era iniciada pelos americanos, mas estanho era que, vulgarmente estão acreditados que a produção da melancia foi feita totalmente pelos imigrantes italianos.
        A estação Santa Barbara passou a ser denominada como Americana a partir do ano de 1904. Em 1902, uma pessoa chamada Miller, do traço alemão veio do Estado de Santa Catarina para Americana e conseguiu reabrir uma fiação que estava fechada.
A renascença desta fiação fez ativar grandemente a cidade, absorvendo mão de obras da região. Também, tal chamado João, construiu uma fabrica de tecido da seda, trazendo suas maquinas da Suíça.  No inicio, com apenas 2 ou 3 maquinas e mão de obra familiar, mas logo ia progredindo cada vez mais, até tornar a uma grande fabrica.
         Isto não foi único exemplo, pois posteriormente vinham aparecendo várias pessoas que tornaram independentes que, com as impulsões dessas, fez com que Americana como uma das importantes cidades da indústria de tecidos do Brasil. Assim, a Americana está andando com o pleno desenvolvimento, como sendo único sobrevivente das fazendas ingressadas pelos imigrantes americanos.
   
4-Principais Méritos dos Imigrantes Americanos Deixados Aqui no Brasil.

4.a- Religião

A atividade religiosa dos americanos no Brasil iniciou ao longo no ano de 1859 antes da vinda dos imigrantes americanos para o Brasil. Em agosto daquele ano, o pastor Simonton da seita Presbiterano chegou ao Rio de Janeiro e a partir de 1861, 2 anos depois, iniciou as sermões em português. No começo tinha apenas 3 a 4  ouvintes, mas em janeiro de 1862, foi construída uma igreja em Rio de Janeiro e atualmente está sustentando por centenas de fieis. No entanto, logo que os americanos da região sul dos Estados Unidos chegaram como imigrante para o Brasil, na realidade, encontrou aí um sério problema que era sobre o enterro de mortos. Para as Fazendas Iguape, Rio Doce e Santarém, não havia nenhum problema por morar no pleno meio das matas, mas para a Fazenda Santa Barbara existia uma questão. Pois como eles eram todos protestantes não eram permitidos sepultar os mortos juntamente com dos católicos brasileiros do mesmo cemitério. Esta questão do cemitério foi resolvida provisoriamente com o fornecimento de terreno por um americano, mas originariamente os americanos possuíam  profundas fé para sua religião. Para eles, a religião seria um caso indispensável para tais vidas cotidianas de desbravamento das matas brutas. Eles solicitaram para seus próprios pais, o envio urgente dos competentes religiosos. Com isso, em junho de 1870 na Fazenda São Luis foi construído uma igreja presbiteriana, sob o patrocínio de dois pastores, reverendos Emerson e Baiado com mais 11 adeptos do local. Depois disso, no mesmo ano foi construída uma igreja metodista na seção Campo da Fazenda Santa Barbara e foi nomeado o reverendo  Newman como pastor responsável. Na ocasião os principais adeptos eram 47 pessoas. Assim, com o tempo, começaram a chegar os missionários americanos constantemente para o Brasil. A maioria deles permaneceu nas grandes cidades que isso contribuiu grandemente para a evangelização dos protestantismos da região, servindo muito para a conversão dos numerosos brasileiros.
        Isto pode ser considerado como uma das contribuições dos imigrantes americanos que deixou para o Brasil?
        Na ocasião o fato de que os americanos conseguiram evangelizar aqui no Brasil sem ter tanta resistência dos católicos era obviamente por ter sido brasileiros generosos, mas, além disso, o que favoreceu grandemente foi que naquela ocasião, o Brasil estava no meio da discussão sobre a segregação ou não da política com a religião.  Era uma disputa entre os políticos que dava importância á administração e os religiosos que pretendiam certa autoridade sob o ponto de vista religiosa que no fim, ambos os lados ficaram  exaustos,  tais que não incomodar tanto sobre a evangelização dos protestantes. Também o Imperador D. Pedro II estava simpatizando sobre a liberdade da fé dos imigrantes americanos.

4.b- Sobre a Educação

         Também os imigrantes americanos não desprezaram sobre a questão da educação dos seus filhos. As crianças, desde pequenos começavam freqüentar as escolas dominicanas das igrejas e ao crescer, iam para as escolas primárias, secundárias e colegiais, todas pertencentes das igrejas. Para os locais que não havia escolas, muitas vezes, os seus pais ou irmãos mais velhos serviam no lugar dos professores, mas de qualquer maneira, para eles, a questão de ter ou não ter escolas no local, consistiam em grandes problemas. Deste modo, após ingressar nas fazendas, logo iam pensando sobre a maneira de como educar os seus filhos, tais como procurar imediatamente os mestres, freiras e irmãs das igrejas, para serem professores dos seus filhos. Quando não conseguiam, às vezes chamavam especialmente os evangelizadores do seu próprio país, juntamente com os outros.
         Em conseqüência, no Brasil iam aumentando as escolas americanas cada vez mais. As escolas primárias em primeiro lugar e depois os ginásios e colégios. Quanto aos colégios, não somente nas fazendas onde eles moravam e não dependendo da existência de qualquer americano, iam construindo suas escolas nas grandes cidades como Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte. Era para realizar seu grande ideológico da religião como sendo dos protestantes.
         As suas escolas são seguintes:

Nome Local Ano de Fundação
Universidade  Mackenzie São Paulo 1870
Colégio Internacional         Campinas 1868
Colégio  Piracicaba              Piracicaba 1818
Colégio  Morton                  São Paulo 1880
Colégio  Benneto                 Rio de Janeiro 1888
Colégio Granvery                Juiz de Fora 1889
Colégio  Americano           Taubaté 1890
Colégio Internacional       Lá Praz 1892
Colégio  Petrópolis           Petrópolis 1898
Colégio  Hendorik             Belo Horizonte 1900
Escola Americana            Curitiba 1909
       
Além dessas, aquela afamada Faculdade Agrícola Luiz Queiroz de Piracicaba iniciou-se da fazenda da propriedade de um americano. A Universidade Mackenzie que comporta aquela famosa Faculdade de Engenharia era Escola Americana anteriormente. Agora que há várias boas escolas oficiais de engenharia, mas naquele tempo do império brasileiro era um caso raro em aparecer uma pessoa tão filantrópica chamada Mackenzie que começava construir aquela escola tão eficiente, num país  estrangeiro, jogando sua fortuna de 50 mil dólares da época. Já passou mais de 130 anos daqueles tempos, durante tanto tempo, quantas pessoas de grande capacidade saíram dessa escola. Só com isso podemos dizer que não foi tão pequena das contribuições deles para com este país.
        
4.c- Agricultura e Outros:

         Os imigrantes americanos da região Santa Barbara fizeram mudar completamente o processo para a lavoura. Eles conseguiram lavrar as terras com os arados que trouxeram do seu próprio país, utilizando as forças de cavalos. Diferente de enxadas convencionais e além de ser bem eficiente o fato de lavrar profundamente o solo davam bons resultados para as plantações.
          Sabendo disso os lavradores brasileiros da proximidade espantaram-se. Como eles nunca conheciam arados puxados pelos cavalos, vieram pedir o ensino destes para os americanos. O resultado deste, fez surgir na região, uma moda de lavrar as terras com os arados puxados pelos cavalos, até que aparecer aí umas pessoas de recursos que iam vender os arados fabricados em grande escala.
        Por outro lado, entre os americanos havia alguns fazendeiros empobrecidos pela desgraça da guerra civil e como não podiam viver independentemente,  empregavam noutra fazenda dos brasileiros com os cargos de gerente ou administradores, talvez  ponderados pelas suas experiências da lavoura.
       Havia algum sulista americano na região de Botucatu, aplaudido pelas certas pessoas por fornecer-lhes abundantemente as alfafas cultivadas, indispensáveis como ração para os cavalos que puxavam os bondes dos trilhos das ruas da grande cidade.
       Também os americanos fizeram difundir o uso da leve carruagem de 2 rodas, principalmente na região interior, no lugar de pesadas carruagens de 4 rodas usadas nas grandes cidades. Por outro lado, como havia muitos médicos e dentistas no meio dos imigrantes americanos, e na sua maioria, eles ativavam mais nas cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, posteriormente saíram renomes personagens tais como: afamada cantora Rita Riya, embora de traço inglês, mas tal ministro da fazenda José Maria Whitaker e muitos outros que atuaram no campo de arte e político. No entanto, se pesquisasse minuciosamente sobre a camada social superior, haverá possibilidade de encontrar mais alguns descendentes americanos de renome.
      

 

 

5- Conclusão:
        Quanto aos imigrantes americanos no Brasil, pode dizer que não teve tanto sucesso em seu número, mas trouxe bons resultados, apesar da sua pequena quantidade. Comparamos isso com a da imigração japonesa e podemos verificar aí que, eles também tiveram certas vantagens e desvantagens.
        Primeiramente, quanto a sua desvantagem não havia nenhum empurro por parte do governo, diferentemente dos outros países como o Japão e a Itália, que existia aí uma razão radicalmente diferente. Pois nestes países estavam estimulando as emigrações com os seus incentivos e auxílios políticos por ter pequenos territórios, além de ter demais populações. Contra disso, os Estados Unidos era um dos grandes países que podia até receber os imigrantes de outros países. Também, na ocasião estava no auge de desbravamento das grandes planícies da região oeste dos Estados Unidos, auxiliado pelo rápido desenvolvimento de estradas de ferro, apesar de estar na situação confusa de logo após da guerra entre norte  e sul.
        Por outro lado, no meio da febre de emigração para o Brasil, liderado por destaques da região sul, havia o único general Lee que foi comandante do exercito sul, contrariou fortemente sobre qual quer emigração para outros países. Ele gritou que seria o dever de todos do povo pela recuperação mais rápida possível da região meridional tão devastada. Foi isso que fez uma das razões que não durou tanto do plano de emigração para o Brasil. Mesmo assim, vendo o fato dos envios de mais de 10 expedições de pesquisas para o Brasil logo após da guerra, daria entender bem que o plano não foi feito com a visão momentânea. Com isso, podemos entender que, como os americanos eram tão prudentes sobre a emigração, comparando isso com o da emigração japonesa que foi iniciada por Ryu Mizuno, baseando nos simples relatórios de 2 ou 3 pessoas de  pouco interesse pelo assunto.
        Na verdade, dizem que, naquela ocasião havia quem imaginava sobre a emigração dos americanos para o Brasil, com o envio mínimo de 50 a 100 mil pessoas. No entanto, esse fato do rompimento de envio dos emigrantes logo após 2 ou 3 anos e  o aumento gradativa posterior dos imigrantes de retorno para o próprio  pais, poderia ter sido por vários motivos individuais, além de numerosas  e inimagináveis dificuldades encontradas nas circunstâncias brasileiras, bem diferentes  daquelas da terra natal deles.
         As principais comprovações dessas, eram  casos  que a maioria dos imigrantes que ingressaram na zona floresta de Iguape, Rio Doce e Santarém, salvo pequeno número, retiraram-se tudo, Apenas os da região Americana restavam até o tempo posterior e desenvolveram. Isto porque aí existiam várias condições favoráveis, comparando com as de outras, pois já podiam utilizar boas condições de até intervir no meio dos outros imigrantes que moravam aí anteriormente.
         Aí, com as boas comunicações e transportes, facilitavam bem com os produtos agrícolas a escoar para os mercados próximos, além de estar nas terras férteis, salubres e podiam entrosar facilmente com as pessoas de outras  nacionalidades.
       Por outro lado, quanto a um dos insucessos das outras Fazendas, havia o caso do descumprimento de vários compromissos pelo governo brasileiro.  Isso pode pensar que em certa maneira, talvez viesse de algum descontentamento e decepção por parte do governo, desiludido com a inimaginável pequena quantidade dos imigrantes americanos.
        Por outro lado, para os sulistas americanos, com o choque da derrota da guerra civil, ficaram tão deprimidos na ocasião, até que planejassem emigrar para o Brasil por não querer ser governado por aqueles detestáveis “Yankees”. No entanto, ao chegar para o Brasil, eles sofreram sob o rigor dos ventos estrangeiros, obrigando a viver sob as condições péssimas e terríveis. Mas, depois souberam pelas notícias sobre daquela saudosa terra natal, donde informava sobre o enfraquecimento daqueles ódios e perseguições dos “Yankees” para com os sulistas, bem como as grandes expectativas sobre as regiões  sul e oeste. Os imigrantes americanos aqui no Brasil ao saber disso ficavam impacientes cada vez mais, com as fortes vontades de retornar ao país da origem. As pessoas possuidoras de certos capitais iam voltando com recursos próprios, mas do contrário, iam de navio de guerra da marinha americana, mediante pedido feito pelo Consulado Americano no Brasil.
         Por que é que procedeu assim? Haverá vários motivos sobre tal resultado fracassado, mas uma das razões era de que a certa carência dos conhecimentos sobre o Brasil por lado dos sulistas americanos. Eles perderam suas cabeças com a derrota da guerra civil violenta. O que dobrou mais nisso era o maltrato dos nortistas para com os sulistas. Como os dois lados lutaram durante 4  anos violentamente, fizeram sair grandes sacrifícios que isso  fez levar profundos ódios para os dois lados recíprocos. Também os vencedores maltrataram os vencidos sem ter tantos motivos cabíveis.
        Assim, após foram maltratados durante alguns anos, os sulistas sem poder agüentar mais, procuravam sair da situação. Já que vai sair daqui, de  uma só  vez, não seria preferível procurar outro país onde não atinge  nenhum “Yankee” detestável. Pois, quanto aos sofrimentos poderiam ser mesmos daqueles dos antecessores que experimentaram. Então bastaria  repetir isso por nós também. Aí tinha certo engano de ter escolhido o Brasil com tanto sentimento simples e leviano.
         Essas coisas dão para perceber facilmente por assistir filmes do faroeste do tempo da exploração e desbravamento dos Estados Unidos. Os desbravadores em geral iam mudando de locais com as grandes carroças cobertas de lonas, ajudando um com outro.  No entanto, essas coisas eram impossíveis aqui no Brasil, onde as matas milenares erguiam sem ter espaços para isso, que obrigavam os desbravadores ativassem isoladamente para cada uma. Este caso, eles mesmo já estava percebendo na hora de entrar nas Fazendas. Um dos motivos de fracassos no Brasil era o adoto do sistema de isolamento individual sem ter colaboração conjunta, onde não havia nenhuma estrada, nem via de comunicação, bem diferente daquela ocasião de abrir a vasta planície da região sudoeste dos Estados Unidos, onde formavam aldeias com os armazéns nos seus centros.
         Por outro lado, se pensasse sobre o ponto favorável que eles possuíam era o caso de assimilação étnica. Pois os americanos, diferente dos japoneses, possuem vários pontos parecidos com os brasileiros.
        Os americanos, tendo mesmas características dos portugueses por pertencer á raça européia, por exemplo, como a linguagem, contra as letras figurativas dos japoneses, a língua inglesa consista de letras fonéticas e alfabéticas da mesma origem do português. Para tal inglês já está considerada como a língua internacional e os brasileiros faziam questão de aprender o inglês espontaneamente.
        Para os americanos, tanto a vida alimentar, como os seus costumes do dia a dia, possuem vários pontos parecidos com os dos brasileiros, diferenciando radicalmente com os de japoneses da raça oriental. Nas ocasiões em que eles largaram as lavouras e destinaram para as zonas urbanas, essas características favoreceram grandemente para seus progressos. Havia muitos que trouxeram consideráveis capitais na hora da imigração para o Brasil e também havia muitas pessoas não agricultoras, e no lugar dessas, vieram pessoas pertencentes à classe médica ou ex-militares, tanto quanto possuindo certa quantidade de capitais. Como eles vieram para cá por não causa econômica e sim para fugir das mãos dos “Yankees”, às vezes, suas características intelectuais funcionavam como pontos negativos, quando eles ingressaram como simples agricultores nas fazendas brutas. Mas, quando eles transferiram para a região mais civilizada como Americana, saíram como grande vantagem em poder adquirir certas fazendas já formadas, com os capitais trazidos da America, que isso enfim, fez formar atual cidade de Americana.
         Como uma das principais contribuições que os americanos deixaram no Brasil, há educação escolar. Eles construíram uma universidade e 10 colegiais.
       A construção da Universidade de Mackenzie era realmente formidável, merecendo a ter fama de número um da America Latina, principalmente pela sua Faculdade de Engenharia. Se comparasse isso com o caso da nossa imigração japonesa, ficaremos corados de vergonha, pois, mesmo que foram introduzidos com o número 100 vezes mais do que deles, não há nenhuma universidade, sequer uma escola decente da língua japonesa, mesmo estando nesta ocasião da aproximação de 100 anos da comemoração do início da imigração japonesa. Tanto para a área religiosa, contra os americanos que iniciaram suas evangelizações desde o inicio da imigração, chamando os pastores da sua terra, os japoneses, para a área de religião, deixaram largadas durante tantas dezenas de anos sem fazer nada, e no lugar dessas, dava mais preocupações para breves repatriamentos dos imigrantes. Após a grande guerra mundial, começavam a chegar certas seitas budistas do Japão.
         Recentemente, vendeu-se único banco do traço japonês, apesar da existência de mais de meio século desde a sua fundação e a falência de uma grande cooperativa agrícola nascida e criada no meio da colônia japonesa, junto com as outras cooperativas médias e pequenas.
        As que sobraram eram só as associações culturais e esportivas de caráter improdutivo. Mesmo assim, suas permanências seriam meio duvidosas.
        Pensando bem, quanto à divergência sobre o caráter étnica, não haverá mais nenhuma discussão. Isto é claro no caso dos imigrantes americanos, bem diferente dos japoneses. Os americanos, apesar de ser emigração a si mesma de voluntária, sem nenhum auxílio ou subsídio da parte do governo, mas, ao reconhecer que a tentativa saiu fracassada, já foram recorrer para as autoridades do seu país a fim de pedir certos auxílios ou salvamentos. Também, no caso da Fazenda Santa Bárbara que os imigrantes americanos recorreram para o Consulado Americano a fim de pedir certas providências a tomar sobre o problema de melancia produzida que perdeu o seu mercado de venda, ou reclamações da Fazenda Santarém de Amazonas contra o governo brasileiro a respeito do descumprimento dos compromissos das aberturas das estradas, bem como o pedido forçado feito através do Consulado Americano no sentido de pedir mobilização do navio de guerra para o repatriamento dos imigrantes americanos fracassados no Brasil. Essas, para os imigrantes japoneses eram  casos inimagináveis de maneira alguma.

                                                                                                                            Fim.
   

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